Alunos alegam prejuízo após autoescola de Campinas encerrar funcionamento
Autoescola de Campinas fecha e deixa alunos no prejuízo Alunos da autoescola CFC Brasil, na Avenida João Jorge, na Vila Industrial, em Campinas, têm reclamad...

Autoescola de Campinas fecha e deixa alunos no prejuízo Alunos da autoescola CFC Brasil, na Avenida João Jorge, na Vila Industrial, em Campinas, têm reclamado que ficaram no prejuízo após a empresa encerrar as atividades, em junho. Muitos clientes não tiveram o serviço contratado concluído nem receberam os valores de volta. Segundo o Detran, a licença da empresa foi cassada em maio. De acordo com a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), oito reclamações foram registradas contra a empresa este ano, das quais sete tratam de ofertas não cumpridas ou serviços não fornecidos. Em nota, a autoescola informou que está recorrendo do bloqueio administrativo junto ao Detran, que está há mais de 35 anos no mercado, e que nenhum aluno será prejudicado. Alunos ouvidos pela EPTV, afiliada da TV Globo, no entanto, alegam que a autoescola não responde há semanas. Em nota, o Detran afirmou que os valores pagos à autoescola podem ser contestados diretamente no Procon. Prejuízo Leonodoberg Costa Bezerra trabalha como motorista de caminhão pequeno há dois anos. Em julho de 2025, ele contratou o serviço da autoescola para poder mudar a categoria da CNH e dirigir também caminhões maiores. Ele pagou R$ 1,5 mil à vista, chegou a fazer o exame toxicológico, mas não conseguiu iniciar as aulas práticas. Lucas Wendeyl dos Santos Ferreira também ficou no prejuízo. Ele relata que deu uma entrada de R$ 1,9 mil no processo na autoescola em novembro de 2024, mas fez apenas três das 22 aulas práticas previstas no contrato. Ele conta que tentou entrar em contato várias vezes e sempre recebia uma justificativa diferente. Segundo a advogada especialista em direito do consumidor Carolina Sartori, os alunos que tiveram prejuízo devem registrar um boletim de ocorrência, procurar primeiramente o Detran, e então procurar o Procon. "Depois que ele for ao Detran comunicar essa situação e ter feito um boletim de ocorrência também, eu sugiro que ele vá no Procon fazer a reclamação administrativa. No Procon também existem órgãos que ajudam a pressionar esse tipo de resolução", explica a advogada. Caso não haja solução administrativa, é possível entrar com uma ação de indenização contra a empresa. O que diz a autoescola? A CFC Brasil informou à EPTV, afiliada da TV Globo, nesta manhã (3) que está há 35 anos no mercado e garantiu que nenhum aluno será prejudicado. A empresa afirma que já está tomando as medidas legais para resolver o problema, recorrendo do bloqueio administrativo imposto pelo Detran. Não foi informado, no entanto, o motivo do bloqueio. Ainda segundo a autoescola, cerca de 90% dos alunos já pediram ao Detran a transferência para seguirem com os processos em outras autoescolas, reaproveitando o que já tinha sido feito. A empresa também informou que não pode deixar as portas abertas devido à decisão do Detran, mas que tem atendido os alunos via Whatsapp, pelo número(19) 99559-3976. O que diz o Detran? Em nota, o Detran afirmou que os valores pagos à autoescola podem ser contestados diretamente no Procon e que o departamento recolhe apenas as taxas relativas aos exames teóricos e práticos, cobradas no agendamento das provas. Além disso, o órgão informou que denúncias de irregularidades podem ser feitas pelo site fala.sp.gov.br. Fachada da escola CFC Brasil fechada, em Campinas EPTV/Reprodução VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas